Quanto tempo se perde com as vontades mais fúteis e falsas necessidades.
Todas inúteis.
Combinação perigosa que amplia o egoísmo, limita a razão e impede a maturação do ser.
A perda, então, torna-se inevitável.
Assim como os sucessivos blocos emocionais que deturpam a mais pura realidade: somos o que pensamos e vivemos o que escolhemos.
Típica profecia auto-realizável.
Então, o que pensar? O que escolher?
E mais: Como? Quando?
Qual o limite entre a “ignorância adquirida” e a “verdade emocional“, latente em cada átomo de cada célula que compõe o ser?
Qual o limite para as necessidades humanas, seus desejos e anseios?
É intrínseca a vocação humana para depender – quase sempre – do que não se precisa.
Pseudo-paradoxo? Falácia tautológica?
Ou apenas a expressão visceral da imperfeição que impera como referência nos relacionamentos?
Porém, um pouco antes do fim, uma pergunta deveria soar sempre, para que o próprio não se instaurasse:
“Ter razão ou ser feliz?”
Não sei.
Não sei mesmo.
Aliás, gostaria de saber um pouco mais para continuar escrevendo.
Talvez – quem sabe? – eu mesmo acreditasse mais nisso.
(Marco Castro)