Oi Jean, tudo bem?
Antes de mais nada, verifique o enunciado da 1ª questão que você postou, porque me surgiram dúvidas, como:
1. “Uma barra de estanho tem uma forma de prisma reto de base 4cm²” – A base de todo prisma reto é – em geral – um polígono regular. Não é dito qual é o polígono da base.
2. “Determine o comprimento e o volume dessa barra à temperatura de 518°F“. – Trata-se de uma resolução de Dilatação Volumétrica. Isto significa que é preciso se calcular o volume inicial do prisma, cuja fórmula geral é:
Volume = Área da Base x Altura
Não é informada a medida da altura do prisma, somente o comprimento, que vale 1m. E aqui temos uma situação – no mínimo – equivocada porque, se a área da base mede 4cm², então o comprimento NÃO poderia medir 1m. A menos – é claro – que essa medida seja da altura do prisma. Aí o problema passa a fazer sentido.
Depois que você confirmar isso, volte a postar (confirmando ou retificando) o enunciado, ok?
Dito isto, vamos à 2ª questão.
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A sua dúvida é, como várias que respondi aqui mesmo no blog, uma aplicação direta do conceito de dilatação térmica dos sólidos e a correta aplicação da fórmula, claro.
Vamos lá então:
De forma geral, o problema é o seguinte: qual será a (nova) temperatura da régua para que a medida passe a variar 1mm a mais, certo?
Para resolver um problema desse tipo, usamos a expressão própria para a Dilatação Linear:
∆L = L0 . α . ∆T
Onde:
- ∆L = L – L0: é a variação entre as medidas final e inicial (ou propriamente o valor da dilatação – ou contração – ocorrida)
- α: é o coeficiente de dilatação linear (valor de referência que indica o quanto uma substância varia – em unidade de medida – a cada grau de temperatura).
- ∆T = T – T0: é a variação entre as temperaturas final e inicial da substância
(Aliás, esse raciocínio é análogo para as dilatações superficial e volumétrica dos sólidos).
Então, retiramos do enunciado do problema as informações necessárias:
T = ? (temperatura final do fio – é o que desejamos calcular, certo?)
T0 = 20°C (temperatura inicial da régua))
αlatão = 19 x 10-6 °C-1 (coeficiente de dilatação linear da régua)
ΔL = L – Lo (variação do comprimento do fio)
Observe que, o aumento de 1mm na medida original devido à variação da temperatura (que certamente aumentou, concorda?) corresponde à variação do comprimento (ΔL) e o resultado de 30cm (L) corresponde à medida inicial (Lo) acrescida do erro (ΔL).
(E aqui é preciso fazer uma observação importante porque, esse enunciado permite duas interpretações: (1ª) o erro de 1mm ser acrescido na medida de 30cm ou; (2ª) o erro de 1mm ser acrescido na medida inicial resultando nos 30cm. A solução comentada que farei aqui será com base na (2ª) interpretação, ok? Mas fique tranquilo porque, se você quiser resolver pela (1ª) interpretação, a resolução será análoga.)
Então, podemos escrever a última igualdade acima da seguinte maneira:
ΔL = L – Lo
1mm = 30cm – Lo
Mas note que as unidades de medidas são diferentes. Temos que converter uma delas para efetuarmos os cálculos corretamente. E isto é simples porque, se 1cm = 10mm, logo 30cm = 300mm, certo?
Então:
ΔL = L – Lo
1mm = 30cm – Lo
Lo = 300mm – 1mm
Lo = 300 – 1
Lo = 299
Logo, a medida inicial da régua era de 299mm.
Agora podemos substituir as informações na fórmula da Dilatação Térmica Linear:
∆L = L0 . α . ∆T
1 = 299 . 19.10-6 . (T – 20)
1 = 5681.10-6 . (T – 20)
1 / 5681.10-6 = T – 20
T – 20 = 1 / 5681.10-6
T – 20 = 1 / 0,005681
T = 176,03 + 20
T = 196,03
Portanto – e por mais absurdo que pareça – é preciso que a régua de latão atinja uma temperatura aproximada de 196°C (quer dizer: 176°C a mais!) para aumentar 1mm no seu comprimento e provoque esse erro nas medidas.
Entendeu?
Espero ter ajudado.
Bons Estudos!
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