Ter razão ou ser feliz?

Quanto tempo se perde com as vontades mais fúteis e falsas necessidades.

Todas inúteis.

Combinação perigosa que amplia o egoísmo, limita a razão e impede a maturação do ser.

A perda, então, torna-se inevitável.

Assim como os sucessivos blocos emocionais que deturpam a mais pura realidade: somos o que pensamos e vivemos o que escolhemos.

Típica profecia auto-realizável.

Então, o que pensar? O que escolher?

E mais: Como? Quando?

Qual o limite entre a “ignorância adquirida” e a “verdade emocional“, latente em cada átomo de cada célula que compõe o ser?

Qual o limite para as necessidades humanas, seus desejos e anseios?

É intrínseca a vocação humana para depender – quase sempre – do que não se precisa.

Pseudo-paradoxo?   Falácia tautológica?

Ou apenas a expressão visceral da imperfeição que impera como referência nos relacionamentos?

Porém, um pouco antes do fim, uma pergunta deveria soar sempre, para que o próprio não se instaurasse:

“Ter razão ou ser feliz?”

Não sei.

Não sei mesmo.

Aliás, gostaria de saber um pouco mais para continuar escrevendo.

Talvez – quem sabe? – eu mesmo acreditasse mais nisso.

(Marco Castro)

2 pensamentos sobre “Ter razão ou ser feliz?

  1. “O que escolher?”

    O que nos faz felizes a longo prazo. Como saber? Talvez, confiar nos nossos desejos mais profundos, na nossa intuição e racionalmente não seguir os caminhos que sabemos não serem sustentáveis.

    Bom post!

    Um grande abraço

    Américo

  2. Ao chegar na icógnita da Razão deixamos sempre de lado o coração, este que por sua vez nos tras a tão sonhada felicidade, repentina ou demorada, mas que sempre em sua proporção nos tras a tão temida decepção, decepção esta que por sua vez não se deixou levar pela razão, fechando os olhos para o provável – a tristeza iminente.

    Mas ao usar a Razão não teremos os mais emocionantes momentos da vida… a aventura, a dor no estomago, o brilho nos olhos, o choro descontido… enfim não existe meio termo ou se usa a Razão e abre mão da felicida momentanea, que certamente nunca mais terás a oportunidade de sentir novamente.

    Então pra que viver só de Razão? Se podemos salpicar a vida com felicidades descontidas.

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